E. Amadora e Naval empatam e continuam em "águas intranquilas"
No Mini-Campeonato jogado em três campos, entre os últimos seis classificados da Bwin Liga, Naval e E. Amadora repartiram o mal e evitaram a derrota, mas continuam em águas intranquilas.
O Estrela "desaguava" na Figueira da Foz para esquecer uma semana conturbada, marcada por um treino não realizado por falta de pagamento dos salários em dívida. A situação arrasta-se, os jogadores não conseguiram disfarçar algum inconformismo perante a situação e o Futebol praticado foi reflexo disso mesmo, mas valeu o pulsar forte do coração para garantir o empate na recta final do encontro.
Falta qualidade a esta equipa da Reboleira, sejamos directos. Faltava Tiago Gomes, é certo, mas o talento não se deveria esgotar no médio criativo que se debate com problemas físicos. Há ainda Mateus, Fernando a espaços, mas tudo o mais parece uma "manta" demasiado esticada para aguentar sucessivos "puxões".
A Naval 1º de Maio, também ela com as suas limitações, apresentou maior tranquilidade inicial, num modelo de jogo devidamente oleado por Ulisses Morais. O pequeno Dudu surgiu no lugar de Davide e agigantou-se perante Wagnão, que não fez jus ao superlativo, sendo inocente na forma como procurou deixar a bola sair pela linha de fundo. O médio da Naval acreditou, fez o carrinho legalmente, recuperou o esférico e serviu Marcelinho, para este marcar o seu 6º golo na Liga.
Apenas 668 espectadores assistiram ao jogo da Figueira da Foz, segundo os números apresentados pelo clube. Um registo pobre, numa tarde agradável que poderia levar mais gente ao Estádio Municipal José Bento Pessoa. Não levou, e a qualidade do jogo também não seria argumento suficiente para criticar esta relação de distanciamento entre as gentes da cidade e o clube. Do outro lado, cerca de duas dezenas de almas procuravam "empurrar" o Estrela.
Maurício, o experiente capitão de equipa, passa grande parte do jogo a exteriorizar a ambição amadorense. "Vamos", lá vai dizendo o gigante brasileiro, entre um punhado de palavrões não reproduzíveis, que têm um efeito porventura nefasto em jovens como Adul. O avançado, de apenas 19 anos, foi recrutado à equipa júnior e lançado às feras perante a desvantagem no marcador. Um exemplo da falta de soluções ao dispor de Dauto Faquirá.
A Naval 1º de Maio, ainda à espera da decisão, por parte das entidades competentes, sobre a utilização de Meyong na deslocação ao Restelo, poderá contar com esses pontos para fugir ao fundo da tabela. Nunca fiando, deveria ter feito mais para segurar a vantagem que conquistara na etapa inicial. Foi baixando linhas, perdendo coesão, e vergou-se à bravura dos homens da Amadora, que carregaram no acelerador até balançarem as redes de Wilson Júnior, no último minuto.
Por Vítor Hugo Alvarenga, jornalista "Mais Futebol"
Foto: A Bola
O Estrela "desaguava" na Figueira da Foz para esquecer uma semana conturbada, marcada por um treino não realizado por falta de pagamento dos salários em dívida. A situação arrasta-se, os jogadores não conseguiram disfarçar algum inconformismo perante a situação e o Futebol praticado foi reflexo disso mesmo, mas valeu o pulsar forte do coração para garantir o empate na recta final do encontro.
Falta qualidade a esta equipa da Reboleira, sejamos directos. Faltava Tiago Gomes, é certo, mas o talento não se deveria esgotar no médio criativo que se debate com problemas físicos. Há ainda Mateus, Fernando a espaços, mas tudo o mais parece uma "manta" demasiado esticada para aguentar sucessivos "puxões".
A Naval 1º de Maio, também ela com as suas limitações, apresentou maior tranquilidade inicial, num modelo de jogo devidamente oleado por Ulisses Morais. O pequeno Dudu surgiu no lugar de Davide e agigantou-se perante Wagnão, que não fez jus ao superlativo, sendo inocente na forma como procurou deixar a bola sair pela linha de fundo. O médio da Naval acreditou, fez o carrinho legalmente, recuperou o esférico e serviu Marcelinho, para este marcar o seu 6º golo na Liga.
Apenas 668 espectadores assistiram ao jogo da Figueira da Foz, segundo os números apresentados pelo clube. Um registo pobre, numa tarde agradável que poderia levar mais gente ao Estádio Municipal José Bento Pessoa. Não levou, e a qualidade do jogo também não seria argumento suficiente para criticar esta relação de distanciamento entre as gentes da cidade e o clube. Do outro lado, cerca de duas dezenas de almas procuravam "empurrar" o Estrela.
Maurício, o experiente capitão de equipa, passa grande parte do jogo a exteriorizar a ambição amadorense. "Vamos", lá vai dizendo o gigante brasileiro, entre um punhado de palavrões não reproduzíveis, que têm um efeito porventura nefasto em jovens como Adul. O avançado, de apenas 19 anos, foi recrutado à equipa júnior e lançado às feras perante a desvantagem no marcador. Um exemplo da falta de soluções ao dispor de Dauto Faquirá.
A Naval 1º de Maio, ainda à espera da decisão, por parte das entidades competentes, sobre a utilização de Meyong na deslocação ao Restelo, poderá contar com esses pontos para fugir ao fundo da tabela. Nunca fiando, deveria ter feito mais para segurar a vantagem que conquistara na etapa inicial. Foi baixando linhas, perdendo coesão, e vergou-se à bravura dos homens da Amadora, que carregaram no acelerador até balançarem as redes de Wilson Júnior, no último minuto.
Por Vítor Hugo Alvarenga, jornalista "Mais Futebol"
Foto: A Bola