E. Amadora: Finalmente apareceu algum dinheiro

Os "capitães do E. Amadora, Marco Paulo e Vidigal, reuniram-se esta tarde com o Presidente António Oliveira para chegarem a acordo sobre o valor que cada jogador iria receber já hoje.

Ficou decidido que os atletas recebiam 1 mês de salário e o resto serviria para o Presidente poder investir no clube, depois de ambos os "capitães" saberem que a totalidade do dinheiro não dava para pagar 2 salários a todos os jogadores.

À saída da reunião, que decorreu no Estádio José Gomes, Marco Paulo e Vidigal explicaram que "o dinheiro que o presidente conseguiu arranjar não dava para pagar 2 salários a todos os jogadores. E nós acabamos por decidir que ou recebem todos ou não recebe ninguém, pois aqui somos todos iguais. Por isso, o resto do dinheiro ficou com o Presidente para ele poder investir no clube, de modo a "aumentar o bolo".

Marco Paulo adiantou ainda que "neste momento estamos com 4 salários em atraso, por isso este valor não nos vai tirar da delicada situação que estamos a viver, mas é claro que agradecemos. É pouco, mas esse pouco vai nos ajudar a atenuar alguns dos graves problemas financeiros que estamos a atravessar".

Antes de dada por concluída a pequena conferência de imprensa, o médio do E. Amadora ainda revelou que "o Presidente prometeu-nos que nos próximos dias tudo está regularizado. Vamos ver se finalmente ele cumpre o que promete!".


Jornalista: João Miguel Pereira

Foto: A Bola

E. Amadora: Jogadores pedem solidariedade e união de todos os profissionais

Os jogadores do E. Amadora emitiram hoje um comunicado onde pedem a solidariedade e a "união de todos os profissionais no combate ao flagelo dos ordenados em atraso".

Os tricolores dizem que "não há soluções à vista" e que ponderam pedir ao Sindicato dos Jogadores que "incentive todos os profissionais a fazer uma paralisação geral".

Os jogadores do E. Amadora também fizeram saber que "existem 5 meses de ordenados em atraso, que já obrigaram um jogador a mudar-se para casa dos pais (com a mulher e os filhos) porque foi despejado pelo senhorio, devido à falta de pagamento da renda. Além disso, houve jogadores que tiveram que tirar os filhos dos colégios, e há um caso de um atleta que não tem dinheiro, nem para pagar a electricidade".

Os estrelistas relembram ainda que "a Direcção anda sucessivamente a fazer promessas que nunca foram cumpridas", dando como exemplo o caso do PEC (Plano Económico) do E. Amadora: "Disseram-nos que em Janeiro já haveria dinheiro, porque o clube ia fazer umas vendas de uns terrenos e o Presidente tinha um plano de viabilidade económica, mas já estamos em Março e ainda não vimos nada".

Para já os jogadores prometeram que irão comparecer ao jogo com o Sp. Braga, mas se a situação continuar a 1ª Mão das Meias-Finais da Taça de Portugal (com o F.C. Porto) poderá ficar seriamente comprometida.


Jornalista: João Miguel Pereira

Foto: A Bola